terça-feira, 9 de novembro de 2010

E eu cheguei lá


Bom amanhã é o dia em que vou completar exatamente 25 anos de convivência com o meu companheiro Carlos, e olha que foram os 25 anos exatos mesmo, com muita união, amor, carinho, compreensão, cumplicidade e luta, mas que graças a Deus vencemos. O que mais me deixa feliz é saber que o tempo passou, envelhecemos juntos e continuamos com os mesmos pensamentos e juntos, sem tirar e nem por. O mais gratificante nisso tudo é saber que superamos as expectativas, pois de 1985 pra cá poucos casais conseguiram ficar tanto tempo unido, ainda mais que pra ser ter um relacionamento hoje em dia não se precisa de muita coisa e com o modismo de ficar, de pegar, de transar e outros adjetivos o interessante nem é acordar ao lado de alguém, pra juventude de hoje em dia é mais importante deitar, fazer e levantar do que passar a noite juntos e acordar ao lado de quem se ama. Amor uma palavra pouco usada até mesmo por mim e pelo meu parceiro, pois a expressamos em atitudes e não em uma simples palavra usada da boca pra fora.

Posso dizer que me sinto casado e casado de fato e não apenas de papel passado que pra mim não tem muita importância a não ser pra quem almeja alguns bens, não tenho tal pretensão e nem sonho, pois o bem maior eu ganhei e muito bem dado que é o amor verdadeiro. Dizer que não houve brigas, não teve outros olhares e até mesmo outros lábios é impossível, mas amor na essência da palavra com sentimento incutido, com companheirismo e cumplicidade, isso eu posso bater no peito e garantir que teve e não foi um amor unilateral, é um amor completo. Na família da minha mãe e do meu pai poucos casais permaneceram tanto tempo junto, nem mesmo pra manter as aparências e eu sinceramente sinto dentro do meu mais profundo sentimento que se for necessário ficar mais 25 anos ao lado desse amor, com certeza chegarei a bodas de ouro. Nada melhor do ser amado, amar, sentir a falta, se preocupar, procurar e até mesmo ir ao encontro pra voltar pra casa juntos após um dia de trabalho, fazer caminhadas, almoçar o domingo na casa de parentes e lambiscar alguma guloseima deitados na cama e assistindo a TV, vendo um DVD e poder comentar sobre tudo isso. Enfim estou feliz da vida com meu amor, ao lado dele me sinto protegido e tenho a mais plena convicção de que ele sente o mesmo por mim. Ao sair da minha casa no dia 10 de novembro de 1985 eu tinha certeza de que aquele dia eu conheceria alguém que me faria muito feliz e não voltaria pra casa, profecia ou não estou bem dizer em 10 de novembro de 2010 com a mesma pessoa e completando as minhas bodas de prata. Parabéns pra mim, parabéns pra ele e parabéns pra nossa união. E como na canção de Lupicínio Rodrigues e cantada por Ângela Maria e Cauby Peixoto no ano de 1982, Melhor brigar juntos do que chorar separados. O mais interessante nisso tudo é que quando eu era criança e brincava com a minha prima, independente da minha opção sexual, eu sempre dizia que iria me casar com 20 anos ou no máximo 22 anos e gostaria de ter 2 filhos, o casamento eu concretizei, e os filhos não os tive geneticamente falando, mas criei sobrinhos e agora só me falta mesmo é escrever um livro que por sinal já estou providenciando. Faltam-me algumas coisas a realizar no campo profissional, mas posso dizer no âmbito sentimental estou realizado e me realizando a cada dia que passa que mais 25 anos venham, pois valeu, está valendo e valerá estar ao lado dele (o meu amor) Obrigado a vida por ter me proporcionado isso.