terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Só eu mesmo!!!

Tem dias que a gente acorda, dando bom dia para os cachorros, que acha graça em tudo e até mesmo se o tempo fechar pra cair aquele temporal a gente acha lindo, mas em compensação tem dias que se um passarinho cantar perto da gente com certeza vai levar um grito, um passa fora e até mesmo vai ouvir um monte de palavrões.
Eu em um belo dia ensolarado acordei com o meu dente o do siso ou mais popularmente conhecido como o dente do juízo doendo, mas doendo tanto que sinceramente cada fisgada que ele me dava que eu ia às portas do céu, batia, esmurrava e chegava a ver São Pedro abrindo a porta pra mim e voltava pra terra tamanha era minha dor. E como sou tão louco que acabei com tudo quanto era remédio para dor e nada de passar, e fui ao dentista pra ele sei lá fazer o que, extrair, arrancar, tomar alguma providencia pra que aquela dor que mais parecia um coração pulsando dentro da minha boca, parasse de me incomodar. Bom fui ao dentista o tal de tão boa vontade mexeu no meu dente, cutucou, abriu, fechou, fez um curativo e me mandou pra casa e disse não posso fazer grande coisa por estar infeccionado e me deu aquela receita daquele remédio horroroso e no ato comprei e tomei mais um pra aliviar a minha dor. Bom como era cedo, e tinha um mundo de coisas pra fazer, não foi um dor de dentes que ia abalar com os meus alicerces e nem tão pouco acabar com o meu dia.
Bom voltando pra casa fui ao centro de Cotia (cidade a 30 quilômetros de São Paulo) onde eu morei por 7 anos, pois precisava pagar umas contas e comprar um colchão novo e um gabinete para colocar na minha cozinha. Até ai tudo bem, mas, quando eu já tinha passado por tudo em questão de dor e perturbação, estava voltando pra minha casa, e de preferência pra deitar um pouco e relaxar. Mas que nada: bem no meio do caminho me apareceu uma família pela frente e puxou papo comigo tipo como se me conhecessem mas eu não me lembrava e eles foram tão incisivos comigo que eu me assustei, e ficaram puxando papos e querendo saber de tudo, sinceramente eu não me recordava naquele dia nem do meu nome e se bobeasse e fosse olhar no espelho não saberia dizer quem eu era, quem dirá uma família inteira em plena calçada e que faziam anos que não os via. O mais engraçado disso tudo é que eu como sempre estou na defensiva e fui me afastando deles e dizendo – Olha gente eu nunca vi vocês na minha vida e nem sei de quem se trata. O senhor veio no ato e disse: - Você tem certeza que não me conhece e nem a minha família? Mais rápido do que um gatilho, disse – Nunca vi vocês e nem tão pouco os conheço e nem sei de quem se trata. Meu ledo engano.
O Senhor simplesmente disse: - Seu nome é Marcelo, filho da dona Joana, seu irmão chama-se Wilson e você morava na rua tal, numero tal em tal bairro? Respondi – Isso mesmo e como o senhor sabe disso? Ele virou e me disse: - Eu sou o seu João, que tinha um bar nessa mesma rua e que a sua família toda freqüentava a minha casa e a minha ia à sua. Puts, quase morri de vergonha, sinceramente nem sabia onde enfiar a minha cara linda naquele momento e só me restou um pedido de desculpas e ainda completei – Chamando o senhor lá pelo apelido e tudo que eu me lembrei dizendo: Olha fulano me desculpe, mas é que eu estou com uma dor de dentes daquelas e tomei todos os remédios que tinha para a dor e com esse calor eu não estou conseguindo nem pensar direito, me despedi e fui de fininho pra minha casa, porque só eu mesmo pra dar um fora desse. Ninguém merece (risos)