sábado, 8 de agosto de 2009

Me senti de saia justa !!!

Bom que eu sou um cara de bem com a vida e sempre seguro de mim, a maioria dos meus amigos sabem disso, afinal nunca deixo margem de duvida em nada do que faço e isso me faz ser uma pessoa sempre de bom astral e de bem com a vida, mas como sempre fui um cara meio que sem medo de ser feliz e tão pouco sem medo de encarar a fera, acredito que devido no auge dos meus 44 anos ou eu estou ficando mais seletivo, cheio de manias ou então estão ficando mesmo é com o famoso medo de ser louco e errar (risos). Ontem eu fui me encontrar com a minha mãe pra resolvermos um assunto pendente e passar o dia juntos e graças a Deus tudo transcorreu na mais perfeita ordem e mesmo o que não deu certo com certeza não foi algo tão grave assim que me deixasse tão irritado.

Bom sai da minha casa cedo, e como gosto de preparar o meu espírito pra tal, eu nem me importei de acordar cedo e nem nada, e fui pro meu encontro familiar, um tempo bom e passei um calor danado, mas como era pra estar ao lado da minha mãe tudo valia à pena, bom depois de tudo semi pronto e com algumas pendências que ficaram pra próxima semana, eu me despedi da minha mãe e prima e voltei pra minha casa e como ela está morando atualmente em Franco da Rocha/SP um município pra lá de longe e só sei ir de trem pra lá, lá fui eu, pegar o trem pra voltar pra Estação da Luz e fazer uma baldeação pro metrô sentido Jabaquara e não é que eu me senti meio que nu mesmo estando vestido! Afinal de contas eu peguei o comboio das 16 horas e não é que achei lugar vago pra sentar e por incrível que pareça um anjo também achou um lugar vago bem na minha frente, eu sentado de no sentido direito do trem e ele sentado naqueles bancos que aqui em Sampa se chamam de banco dos bobos, aqueles que ficam atravessados bem de lado e que dão de frente com os outros bancos, eu acho uó sentar ali, parece que a gente não tem opção de olhar a não ser pra pessoa que está a nossa frente e eu procuro sempre o banco normal e só escolho aquele se por falta de opção mesmo.

E como eu estava sentado e com os braços cruzados em cima da minha bolsa, onde continha documentos, celular e a minha blusa, pois estava um calor danado, eu simplesmente cruzei os braços em cima dela para acaso algum amigo do alheio quisesse fazer uma graça ia ser difícil de tirar dos meus braços e ainda ia levar umas bordoadas pra aprender, mas isso não vem ao caso (risos) Simplesmente o tal anjo eu nem falei com ele, alias eu apenas notei que ele não tirava os olhos de mim, e fixou tanto o olhar em mim que ficou difícil de eu não olhar, pois o mesmo era uma graça, fortinho do jeito que eu gosto, estava de bermudão, sapatos, camisa e blusa também, branco, cabelos e olhos castanhos escuros, deveria ter 1,80m e no máximo uns 25 anos, barba por fazer mas sem aquele aspecto de sujo uma graça mesmo, fiquei encantado e ele pelo que notei por mim também mas só naqueles lances de olhar mas de tal maneira que me deixava até sem graça pois parecia que ele não estava vendo que estávamos em um vagão de trem e tinha muita gente, isso chegou a me causar um certo desconforto pois cá entre nós as pessoas poderiam notar isso e sermos alvos de comentários e isso não é legal e não cai bem. Porque por mais que eu seja liberal, certas coisas pra mim têm limite. Eu fui ficando tão sem graça de tanto que o rapaz me encarava que por muito pouco não comecei a rir e me senti meio que perdido, e pensando: - Já pensou se ele tivesse a coragem de vir falar comigo? O que eu iria fazer? Afinal ali era um trem e eu já não sou um jovem inconseqüente e nem tão pouco um homem que está nos perfis de beleza aceitável, sou um cara normal e com 4.4 com as peças originais (risos), mas sei o meu lugar e como sempre eu prefiro cantar a ser cantado apesar de estar na fase de caçador, mas que fiquei tentado isso eu fiquei e sinceramente como eu gostaria de ter uns 20 anos a menos e não me esquentar com nada e nem tão pouco com o que os outros possam pensar de mim, afinal quem estava sendo comigo com os olhos era e ois outros que se mordessem de raiva, eu quase chamei o rapaz de lado e disse pra ele – Quer fazer o favor de vestir a minha roupa ( risos ) tamanho era a maneira como ele me olhava, e a sabe que eu comecei a olhar pra ele quando o mesmo estava vendo outra coisa e cá entre nós, uma delicia de rapaz, um gatinho, mas ainda não perdi o juízo e nessa altura do campeonato não sei se faria isso, hoje com a maturidade eu tenho os meus medos e por culpa deles não me exponho de maneira alguma. Dizia a Dercy Gonçalves há alguns anos – Se ele não é ladrão de ladrão, com certeza vai ser ladrão do meu coração e eu não quero isso pra mim não.

Lógico se isso me acontecesse em outra época, em outro lugar e eu estivesse vivendo em outro momento com certeza eu desceria na mesma estação de trem que ele desceu, nem que fosse pra conversar e quem sabe trocarmos nomes e números de telefone e um possível encontro num futuro próximo. Mas como não tinha de ser não foi e se acaso for alguma arte do destino, com certeza iremos nos encontrar mais vezes e quem sabe partiremos para as vias de fato, afinal até as pedras se encontram. Claro sem deslizamento e nem tempestades e com muita segurança e com isso que me aconteceu foi bom pra eu poder ver que não estou deixado de lado e mesmo com a minha cara séria e amarrada eu ainda tenho certo charme, escondido, mas tenho e ainda desperto interesses, ao menos valeu passar por essa saia justa!

Foto extraida do site: http://fotocache02.stormap.sapo.pt/fotostore02/fotos//32/ce/6f/35653_00048by4.jpg

Ele saiba o que dizia;

Bom ontem dia 07 de agosto de 2009, uma plena sexta-feira, eu acordei muito cedo, pois tinha uns compromissos fora da cidade na qual moro e pra meu espanto após um dia de sol estilo rachar mamona amanheceu uma chuva torrencial aqui no Litoral/SP onde moro que sinceramente dava até pra cachorro beber água com a boca virada pra cima de tanto que chovia e eu tive de me arrumar, sair todo encapotado como se estivesse acabando o mundo. Bom não poderia sair muito a vontade porque além da chuva estamos em pleno inverno e com certeza o frio até que estava normal mas aquela chuva nem estava nos meus planos. Afinal ir pra Sampa a compromissos e ter de sair de casa mais um pouco de galocha seria o fim da picada não é mesmo? Bom, liguei pra um serviço de pegar passageiros em casa e levar para São Paulo e lá fui eu às 7 horas da manhã e meio que de mau humor já que ter obrigações e compromissos em dia de chuva ninguém merece, e pra meu maior engano ao pisar em na Capital do Estado onde nasci dei de cara um dia lindo, maravilhoso, sol e tudo mais e eu feito uma banana a milanesa que sinceramente não sabia o que fazer ao menos a blusa pude tirá-la e colocá-la dentro da minha bolsa e continuar os meus afazeres, mas isso é outra historia.

Como eu moro em uma cidade na qual eu posso fazer um mundo de coisas e sem me preocupar com horários, pois aqui tudo é perto e tudo se pode fazer de bicicleta (ladrões de bicicleta à parte) já cheguei lá estressado no bom sentido afinal ali tudo é demorado e o transporte urbano não é lá essas grandes coisas e eu fui tão sortudo, mas tão sortudo que nem mesmo acreditei que fosse tão rápida a minha passagem por Sampa. Ao chegar ao Jabaquara eu vi tanta fila que sinceramente eu fiquei meio que perdido e quase dei uma de macaco e peguei uma delas apenas pra seguir as pessoas, mas logo cai em mim e olhei mais adiante e vi uns guichês vazios e fui e comprei o meu bilhete metrô com direito a integração ao Trem afinal de contas eu ia para Franco da Rocha e eu só sei chegar lá de trem porque de ônibus nem sei onde tem um terminal no qual eu possa pegar. Desci pra estação tinha um metrô bem dizer a minha espera (olha a confiança) e me acomodei naquelas poltronas duras que sinceramente ali se a pessoa sentir que tem um gás (peido mesmo) engatilhado e pensar em fazer tal coisa dentro do metrô vai fazer feio, pois aquele plástico com certeza vai entregar o tal infeliz, tamanho o barulho que deve ecoar por entre as nádegas e o banco (risos) Mas o que mais me impressionou quanto ao metrô de São Paulo não foi a velocidade e nem a limpeza em si e nem tão pouco uma certa organização e nem tão pouco o atendimento, pelo menos pra mim correu tudo bem.O que me deixou meio que abismado foi ver que dentro de cada vagão/composição têm mais ou menos uns 4 ou 6 aparelhos de TV ligado todos com Close Caption (legendas), que passam sei lá o que, porque você só consegue ler se estiver de pé e mesmo assim a uma certa distancia pois são de Telas LCD e cá entre nós não foi a melhor invenção do homem mas tudo bem. Agora cá entre nós pra que tal coisa? Pra que tal gasto absurdo? Pois eu observei no decorrer da minha viagem entre o Jabaquara e a Luz, ida e volta que ninguém ali olhava para aqueles aparelhos e nem tão pouco se davam ao luxo de observar as noticias, inclusive até mesmo sobre a gripe suína que está matando muito e causando medo na população e olha que ali se eu não me engano passam milhares de pessoas diariamente, não sei bem dizer o quanto, mas é muita gente, principalmente em horários de pico, aquilo ali deve ser o verdadeiro inferno de Dante, Deus me livre daquilo ali (risos) E como bom ariano que sou, fiquei olhando pra aquela tela no intuito de entender alguma coisa e não obtive sucesso apenas li mesmo quando falaram da gripe suína e pronto. Pois não tinha sequer um som, volume ali não tem e também pra quê? Pois aquele barulho dentro dos túneis é tão grande que mesmo que colocassem os aparelhos de TV no ultimo volume seria impossível de ouvir, nossa coitado da pessoa que trabalha ali dentro por horas a fio, quando chega em casa deve ficar com os ouvidos apitando, credo. Ali nem mesmo uma conversa a dois ao pé do ouvido se consegue ouvir quem dirá entender algo, eu mesmo sabia onde tinha de descer por ter nascido ali, mas se dependesse da voz que saia naquele microfone: - ESTAÇÃO LUZ, POR FAVOR, SAIA PELA DIREITA. Olha é de ficar se perguntando, tanta tecnologia e nada humano, engraçado que até mesmo o visual das pessoas e o olhar delas pareciam mesmo que ali, todas ligadas no automático, não sei como é possível, mas é o que me pareceu tal ida a São Paulo, achei tudo tão frio, tão sem vida e ao mesmo com tanta gente, daqui mais um tempinho não teremos mais com quem falar e nem iremos querer falar com ninguém, já que tudo está tão plugado no dia a dia que o calor humano vai ser apenas mesmo dentro de nossas casas e o distanciamento é evidente até mesmo pela circunstancias mas como dizia um professor amigo meu da USP Prof° Gil Sodero de Toledo – Não faça cara feia Marcelo, e quando estiver bravo faça um desenho de um rosto sorrindo aqueles bem rascunhos mesmo e cole no espelho ou na porta da sua casa e escreva em baixo: Sorria, nem que seja de você mesmo. Não é que ele tinha razão!!!

Foto extraída do site:

http://suicidiovirtual.net/blog/wp-content/uploads/2008/09/metro_sampa.jpg