sexta-feira, 19 de junho de 2009

E era apenas uma festa.

Ao se passar uns dias do fato ocorrido e por fazer parte mesmo que não participativa da comunidade GLBT, achei-me no direito de comentar sobre tal fato que por incrível que pareça, acontece há alguns anos e mesmo assim ainda provoca sentimentos diversos pelo fato de pessoas inconformadas com a própria vida a se preocuparem com a vida dos outros e principalmente com a cama alheia, tomam atitudes impensadas e com danos irreparáveis tanto pra quem praticou como para a família de quem perdeu um ente querido, e pior disso tudo em um dia de festa. E festa popular.

Agora voltando ao assunto da festa em si, nossa como as mentes variam na diversidade e também nas culturas e até mesmo nos imensos tubos de maquiagem usadas ali. Estava assistindo aos brakes do jornalismo das TVs e vi que as câmeras davam toda a cobertura ao fato, mas de uma maneira tão engraçada que sinceramente se parássemos pra pensar, como a vida é engraçada mesmo, e explico o porquê de tal pensamento;

Eu vi que tinha inúmeras pessoas, acredito que o calculo divulgado pela imprensa seja feito a olho, por estimativa, mas como tinham Marilyns, e até celebridades ali e políticos, afinal a Comunidade pode ser excluída de um monte de benefícios, mas não pode ser excluída de votar, não é mesmo?

Os políticos já apareceram diante das câmeras porque senão fosse pelo crivo de suas assinaturas com certeza não deixariam que tal fato acontecesse e parasse a principal Avenida de São Paulo, a Avenida Paulista, o centro empresarial e financeiro do Estado. As celebridades estiveram presentes e até algumas que já estavam digamos que nos ostracismo e que como não se adaptaram com a ausência da fama, digamos que foram dar o ar da graça e dar uma de amigas da Turma pra poderem se auto promover e as que estão em evidência correram pra lá, afinal o que tinha de câmeras e flash, nada melhor do que quem está acostumado com aquele relâmpago de tirar a visão de qualquer um em ser clicado ao meio da multidão. Afinal tudo ali acaba querendo ou não virando noticia.

Agora quanto às personalidades anônimas e ao mesmo tempo usando de uma admiração por ser ídolos, ora vivos e ora mortos é admirável tal caracterização, de uma perfeição que acredito que até mesmo o próprio mito se sinta com uma ponta de inveja na performance ali demonstrada. Realmente estão de parabéns aos senhores cabeleireiros, maquiadores e transformistas e é de se tirar o chapéu pra aquelas senhoras com certa idade avançada pelas rugas em seus rostos, o corpo já sem tanta firmeza e, mas com uma compostura e elegância de fazer inveja e livres do tal preconceito. Estamos em pleno século 21, ano de 2009 e com tudo a que temos direito, doenças, catástrofes, acidentes e mortes inconsoláveis e as pessoas de má índole foram ali em um local onde era pra ser uma grande festa e bagunçaram o coreto e até mesmo levaram a morte de uma pessoa. Isso tudo por despeito, por desrespeito ao ser humano, e falta do que fazer, afinal com certeza os que tentaram causar danos, conseguiram, mas antes de qualquer coisa causaram a si mesmo um sentimento que digamos de fracasso. Na realidade eles gostariam era de estar ali, de se divertirem e até mesmo participarem com direito a cílios postiços, batons, pancakes e silicones, tubos de maquiagem, mas nem todos têm a coragem de se assumir e ser algo que está incontido dentro do próprio ser, e usam de massacre aos corajosos a maneira de expressar a sua própria revolta de não ser uma Marilyn mesmo que montada, fantasiada, mas que está ali pra se divertir. Afinal é tudo festa. E que festa!!!! Tirando os contratempos, Viva a Passeata GLBT.

Imagem extraída do site:

http://spintravel.blogtv.uol.com.br/img/Image/Spintravel/2008/Abril/parada%20glbt.jpg