sábado, 13 de junho de 2009

Convivendo com um inimigo


Hoje um sábado, após uma semana louca, exaustiva, tanto emocionalmente quanto no aspecto físico, disse pra mim mesmo que iria dormir até as tantas e que não queria de maneira alguma ser incomodado e nem tão pouco ter de me preocupar com nada, já que a semana que se passou foi aquela de me deixar com os cabelos mais brancos do que já estão ledo engano.... Acordei com a campainha da minha casa tocando nem eram 8 horas da manhã e pra meu maior espanto, era o rapaz da Net, Empresa que me conecta com o mundo virtual, dá acesso ao telefone e ainda por cima me proporciona alegrias televisivas. Dizendo que vieram para a retirada do equipamento e o desligue da minha conexão. E o pior de tudo é que eu não solicitei nada e nem tinha a intenção de me livrar de algo que me diverte e dá prazer. Só mesmo sendo louco. Pois o que mais estou precisando é de momentos de distração pra não ficar lembrando o passado, como diz minha mãe: Quem lembra o passado com certeza sofre duas vezes. Mas voltando ao passado uma pessoa que conviveu, morou e usufruiu do meu lar, que graças a Deus sempre teve muito amor e carinho pairando pelo ar, e posso dizer que as paredes das casas as quais moro, costumam ter boas memórias, acredito muito que a gente quando mora em lugar não passa apenas por passar naquele ambiente, nos ali emanamos um gama enorme de sentimentos nos quais muitas pessoas não acreditam, mas que ficam incrustadas nas paredes e mesmo com a mudança saindo e fazendo-se grandes reformas ali, ficam resquícios de que ali houve alegrias, amores, dores e sofrimentos, isso é verídico e até mesmo foi tema para um livro. No qual do seu lançamento eu mesmo questionei como era possível tal coisa, mas hoje vejo que isso é verdade.

Não só li tal livro como também estou sentindo isso em minha pele, pois descobri que pessoas que passam pela casa da gente, costumam sempre deixar os seus rastros ora bons e ora péssimos que são capazes de abaixar até o mais alto astral.

Uma pessoa vil é capaz de qualquer coisa, até mesmo se passar de caridosa e de uma bondade impar, mas tudo de fachada, pois a mesma fica sempre a sua sombra, respirando o seu ar, lendo os seus pensamentos, copiando a sua personalidade e também sua gargalhada e até mesmo capaz de deitar na sua cama no seu momento de ausência pra poder copiar os seus passos, isso que eu chamo de uma verdadeira sombra, uma sombra negra, ruim, daquelas que não conseguem enxergar a claridade nem de uma luz de mercúrio de uma avenida vazia, fria e abandonada. Porque na realidade essa pessoa pode até ver o sol, mas se esconde, pois a claridade não só mostra as imperfeições que o tempo e a poeira da idade trouxeram e sim a maldade incontida, num ser que carrega sobre seus ombros um sentimento ruim, sentimento esse que chamamos de inveja, pois ela não conseguiu ser feliz, não encontrou o amor, não obteve sucesso em nenhum empreendimento, só se aproximou de pessoas do mesmo naipe e não se deu conta que não lucraria nada com isso, nem mesmo em nível de intelectualidade, e ao ver que as pessoas que não pensam assim e se dão bem, se sentem bem, respiram bem e até mesmo tem amigos acaba por incomodar. E mesmo a distancia esse sentimento de frustração e inércia acaba por aflorar pelo próprio ar que respira e acredito que quando essa pessoa ao olhar para o céu e ver as nuvens brancas sendo levadas pelo vento, e que por muitas vezes se mostram como paisagens e figuras, no seu sentido é tudo tão sombrio e negro que a própria esperança de encontrar o seu amor próprio se perdeu em seu olhar. Isso que eu digo que é conviver com um inimigo e tão próximo e com um DNA tão 99%, mas mesmo que a sua passagem seja breve ou demorada, terá que voltar várias vezes pra poder aprender a entender o que significa várias palavras, AMOR, MÃE, FAMILIA e LAR. Enfim até mesmo de uma cidra que é tão amarga a gente consegue fazer o doce e tirar a acidez, quem dirá de um ser tão pequeno, que nem mesmo se encontrou ainda.Que Deus o proteja de si mesmo.