sábado, 8 de agosto de 2009

Ele saiba o que dizia;

Bom ontem dia 07 de agosto de 2009, uma plena sexta-feira, eu acordei muito cedo, pois tinha uns compromissos fora da cidade na qual moro e pra meu espanto após um dia de sol estilo rachar mamona amanheceu uma chuva torrencial aqui no Litoral/SP onde moro que sinceramente dava até pra cachorro beber água com a boca virada pra cima de tanto que chovia e eu tive de me arrumar, sair todo encapotado como se estivesse acabando o mundo. Bom não poderia sair muito a vontade porque além da chuva estamos em pleno inverno e com certeza o frio até que estava normal mas aquela chuva nem estava nos meus planos. Afinal ir pra Sampa a compromissos e ter de sair de casa mais um pouco de galocha seria o fim da picada não é mesmo? Bom, liguei pra um serviço de pegar passageiros em casa e levar para São Paulo e lá fui eu às 7 horas da manhã e meio que de mau humor já que ter obrigações e compromissos em dia de chuva ninguém merece, e pra meu maior engano ao pisar em na Capital do Estado onde nasci dei de cara um dia lindo, maravilhoso, sol e tudo mais e eu feito uma banana a milanesa que sinceramente não sabia o que fazer ao menos a blusa pude tirá-la e colocá-la dentro da minha bolsa e continuar os meus afazeres, mas isso é outra historia.

Como eu moro em uma cidade na qual eu posso fazer um mundo de coisas e sem me preocupar com horários, pois aqui tudo é perto e tudo se pode fazer de bicicleta (ladrões de bicicleta à parte) já cheguei lá estressado no bom sentido afinal ali tudo é demorado e o transporte urbano não é lá essas grandes coisas e eu fui tão sortudo, mas tão sortudo que nem mesmo acreditei que fosse tão rápida a minha passagem por Sampa. Ao chegar ao Jabaquara eu vi tanta fila que sinceramente eu fiquei meio que perdido e quase dei uma de macaco e peguei uma delas apenas pra seguir as pessoas, mas logo cai em mim e olhei mais adiante e vi uns guichês vazios e fui e comprei o meu bilhete metrô com direito a integração ao Trem afinal de contas eu ia para Franco da Rocha e eu só sei chegar lá de trem porque de ônibus nem sei onde tem um terminal no qual eu possa pegar. Desci pra estação tinha um metrô bem dizer a minha espera (olha a confiança) e me acomodei naquelas poltronas duras que sinceramente ali se a pessoa sentir que tem um gás (peido mesmo) engatilhado e pensar em fazer tal coisa dentro do metrô vai fazer feio, pois aquele plástico com certeza vai entregar o tal infeliz, tamanho o barulho que deve ecoar por entre as nádegas e o banco (risos) Mas o que mais me impressionou quanto ao metrô de São Paulo não foi a velocidade e nem a limpeza em si e nem tão pouco uma certa organização e nem tão pouco o atendimento, pelo menos pra mim correu tudo bem.O que me deixou meio que abismado foi ver que dentro de cada vagão/composição têm mais ou menos uns 4 ou 6 aparelhos de TV ligado todos com Close Caption (legendas), que passam sei lá o que, porque você só consegue ler se estiver de pé e mesmo assim a uma certa distancia pois são de Telas LCD e cá entre nós não foi a melhor invenção do homem mas tudo bem. Agora cá entre nós pra que tal coisa? Pra que tal gasto absurdo? Pois eu observei no decorrer da minha viagem entre o Jabaquara e a Luz, ida e volta que ninguém ali olhava para aqueles aparelhos e nem tão pouco se davam ao luxo de observar as noticias, inclusive até mesmo sobre a gripe suína que está matando muito e causando medo na população e olha que ali se eu não me engano passam milhares de pessoas diariamente, não sei bem dizer o quanto, mas é muita gente, principalmente em horários de pico, aquilo ali deve ser o verdadeiro inferno de Dante, Deus me livre daquilo ali (risos) E como bom ariano que sou, fiquei olhando pra aquela tela no intuito de entender alguma coisa e não obtive sucesso apenas li mesmo quando falaram da gripe suína e pronto. Pois não tinha sequer um som, volume ali não tem e também pra quê? Pois aquele barulho dentro dos túneis é tão grande que mesmo que colocassem os aparelhos de TV no ultimo volume seria impossível de ouvir, nossa coitado da pessoa que trabalha ali dentro por horas a fio, quando chega em casa deve ficar com os ouvidos apitando, credo. Ali nem mesmo uma conversa a dois ao pé do ouvido se consegue ouvir quem dirá entender algo, eu mesmo sabia onde tinha de descer por ter nascido ali, mas se dependesse da voz que saia naquele microfone: - ESTAÇÃO LUZ, POR FAVOR, SAIA PELA DIREITA. Olha é de ficar se perguntando, tanta tecnologia e nada humano, engraçado que até mesmo o visual das pessoas e o olhar delas pareciam mesmo que ali, todas ligadas no automático, não sei como é possível, mas é o que me pareceu tal ida a São Paulo, achei tudo tão frio, tão sem vida e ao mesmo com tanta gente, daqui mais um tempinho não teremos mais com quem falar e nem iremos querer falar com ninguém, já que tudo está tão plugado no dia a dia que o calor humano vai ser apenas mesmo dentro de nossas casas e o distanciamento é evidente até mesmo pela circunstancias mas como dizia um professor amigo meu da USP Prof° Gil Sodero de Toledo – Não faça cara feia Marcelo, e quando estiver bravo faça um desenho de um rosto sorrindo aqueles bem rascunhos mesmo e cole no espelho ou na porta da sua casa e escreva em baixo: Sorria, nem que seja de você mesmo. Não é que ele tinha razão!!!

Foto extraída do site:

http://suicidiovirtual.net/blog/wp-content/uploads/2008/09/metro_sampa.jpg

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