segunda-feira, 13 de julho de 2009

Ídolo, entre a fama e a lama e morto


Passado quase um mês após a morte de uma celebridade mundialmente conhecida, por tantos amados e por outros odiados, inclusive a imprensa marrom que cá entre nós denegri a imagem de qualquer pessoa e em qualquer parte do mundo, hoje vejo que a fama é uma loucura, é um despertar com o raio do sol dentro da cabeça da gente literalmente falando é cerebral tal brilho, tanto o é que a pessoa que não era tão conhecida assim passa de uma hora pra outra a ter tudo o que nunca sonhou em ter e tão pouco imaginava que o teria. Aí vem um cara denominado de empresário e que tem incutido em si todas as malicias que a vida pode ensinar e usa o tal talento pra ganhar zilhões de dólares, euros ou até mesmo real, tanto ele ganha como o tal anjo da guarda ganha também, pois a porcentagem contratual nunca deixa de valer na hora da contratação do show e mesmo que a celebre personalidade não cumpra tal acordo por motivos até de ordem física e saúde, ele não deixará de ganhar.

Eu bem dizer cresci ouvindo musicas do Michael Jackson, bem dizer fui fã dele, mas não comprei muitos LPs e nem tão pouco CDs dele, pois há algum tempo não muito distante o valor de tal aquisição era medido de acordo com o sucesso do cantor que mais parecia medido pela cotação do dólar, isso até mesmo com cantores brasileiros, bastava ir a uma loja de discos que a gente sabia bem quem estava em evidência. Acredito que seja esse o motivo maior por não ter comprado CDs dele.

Ai esse cantor maravilhoso ficou no ápice de sua carreira que foi conquistada desde muito novo, com muita labuta, uma abdicação de muitos momentos bons e ruins ( aqueles que a gente quer ficar só ) e não pode ficar por ser uma celebridade. Lembro-me que cheguei a assistir a um filme que se chamava O Mágico de Oz. dos Negros, no qual vários cantores trabalharam e que chegou a passar várias vezes na sessão da tarde na famosa emissora de TV, a poderosa mesmo. E todo o ano a grande magia do lançamento de mais uma obra que sinceramente tinha o seu crivo, uma perfeição com riquezas de detalhes, luxuosíssimo e todo um aparato da mídia que causaria inveja até mesmo ao mais famoso políticos do mundo, porque era de se parar um pleno horário nobre pra mostrar ao mundo a sua mais recente criação.

De repente e não mais que de repente o Cantor, o Showman, a Personalidade some dos meios de comunicação, cai em ostracismo regado a muitos escândalos e envolvimentos ilícitos que o faria sucumbir por tal abandono de grande parte dos meios de comunicação, pra se ouvir uma musica sua era preciso procurar por várias vezes no dial do rádio e mesmo assim encontrava-se uma vez por outra em uma emissora sem muito valor comercial tocando uma de suas musicas. Afinal ele não tinha nenhuma novidade musical pra estar no ar, nas raias do radio e sim se aprofundando em escândalos e coisas a mais do gênero, achacaram com o ser humano, com ídolo de muitas gerações, com homem, com provedor de várias pessoas, afinal ele tinha uma legião de empregados que sobreviviam do seu sucesso e que agora no real estão órfãos de seu bem maior e que tão cedo não conseguiram outro posto de trabalho pra se manter, pois vida cara, com certeza despesa mais cara ainda. Sinceramente não vou dizer que fosse tão fã dele assim, não deixaria de comer um bom lance em uma dessas Fast food da vida e nem tão pouco de comprar uma outra coisa tão somente pra comprar uma de suas obras mas eu já contribuía da minha maneira ao ouvi-lo radio e ao assistir pela TV um de seus Shows ou Clipes e ao me deparar com a noticia de seu falecimento sei que foi decepcionante não só pra mim mas pra muitos fãs, mas o que mais deixa abismado é saber que o mundo parou pra dizer que ele o IDOLO MICHAEL JACKSON morreu, e ai tocaram pra tudo quanto foi lado suas canções, fizeram reprises de tudo o que ele fez e muito mais ficaram querendo traze-lo de volta a mídia, esquecendo-se que ele havia morrido, ele o ser humano e que mesmo que a sua obra perdure e fique pra posteridade que nós sabemos que ficará, isso não o trará de volta, então porquê será que fizeram agora tudo isso pra chamar a atenção de seus fãs? Ídolo morto não vai poder ganhar nada, não vai poder fazer nada e porque não fizeram as famosas homenagens a ele enquanto estava vivo e no ostracismo com certeza isso teria ajudado e bem a ele se reerguer, hoje essa parafernália chamada de mídia corre atrás de tudo que ele fez e olha que não fez pouco por simples dor na consciência, peso mesmo, pois ele veio de baixo, passou o que passou chegou a fama e foi atirado a lama e estava ressurgindo como uma fênix mas por obra tão somente do destino a sua matéria não pode dar o famoso tapa com luva de pelica, no caso dele com uma luva finíssima e com luzes, que era pra dar um tapa sim mas com muito brilho. Acabou tudo, a luz se apagou, as cortinas se cerraram e a Imprensa marrom sobreviverá à caça de mais uma celebridade pra ter do que falar, o que vender e ganhar seus zilhões à custa da desgraça alheia. Enfim esse é o destino de se ser tão celebre. Ao menos deixem ele descansar em paz.E tenho dito.

Foto extraída do site: http://horasextraordinarias.files.wordpress.com/2009/06/michael-jackson-thiller1.jpg

2 comentários:

Lia disse...

Copiei um email que me enviaram e que amei, Marrod. Eu adorava o Michael Jackson. Prá mim ele é o artista, o gênio, o ser mitológico como escreve tão lindamente o roqueiro e escritor titânico,rs, Tony Belloto.
Repasso aqui.
Lindo mesmo!!!


"Free at last!

Do ser mitológico diz-se que nasceu em meados do século XX. E que, tendo
nascido homem, foi aos poucos transformando-se numa mulher. No fim,
tornou-se um ser de aspecto hermafrodita, com sexualidade indefinível.
Sabe-se que o ser mitológico nasceu negro e morreu branco. Foi, na
infância, um adulto: compromissos profissionais, responsabilidades,
obrigações e pressão foram experimentados desde cedo em doses altas. Na
maturidade, tornou-se uma criança: gostava de brincar, passear em
carrosséis e montanhas russas, ter crianças por perto e jamais compreendeu
exatamente do que se tratava o tal "mundo dos adultos".

Do ser mitológico diz-se que foi acusado de abusar sexualmente de crianças,
o que nunca se comprovou. O que se sabe com certeza é que foi brutalmente
espancado pelo pai, na infância, e submetido por este a tortura e pressão
psicológicas. É comprovado que durante sua existência o ser mitológico
ajudou crianças pobres e doentes, não só com dinheiro, mas com carinho e
compreensão verdadeiros. Com essas crianças comunicava-se da mesma forma
com que são Francisco de Assis conversava com passarinhos.
Do ser mitológico compreende-se que revolucionou a música pop mundial ao
elevar a música negra (é importante lembrar: não importa quantas
transformações e mutações tenha o ser sofrido em sua existência, ele nunca
deixou de ser um grande, talvez o maior, artista da música negra
norte-americana) a um status nunca antes alcançado: qualidade musical
irresistível, ousadia de produção, competência e muito - muuuiiito -
suingue.

Quincy Jones, músico, maestro e arranjador de excepcional talento, ajudou o
ser mitológico nessa jornada. Do ser mitológico aceita-se que tinha
habilidades múltiplas - dançava, cantava e compunha como poucos - e que com
elas conseguiu apaixonar pessoas do mundo inteiro, independente de suas
raças, classes sociais, nacionalidades, religiões, crenças etc.

Dele compreende-se que foi coroado rei pelos humanos e amado por estes como
um anjo. A morte chegou-lhe como alívio, inadaptado que era ao mundo
estranho que o amou e não o compreendeu. Na morte sabe-se que a imprensa,
que o criticara impiedosamente nos últimos anos de vida - e tanta atenção
dera a suas bizarrices, idiossincrasias e excentridades - acabou por
reconhecer que o que prevalecerá de seus feitos será tão somente a
brilhante música que concebeu, cantou e dançou.

Diz-se por fim que, ao morrer, o ser mitológico livrou-se do corpo que era
ao mesmo tempo depósito de dons e talentos e também de dores e sofrimentos.
E que se lembrou, no último instante de vida, da frase do discurso de um
grande e admirável conterrâneo: free at last!
CD...
.... Off The Wall, de 1979, o primeiro disco da fase adulta do ser
mitológico, e primeira parceria com o produtor Quincy Jones. Está tudo ali:
a riqueza da música negra, desenvolvida em décadas de trabalho por
gravadoras como a Motown - e a mistura com elementos de rock e pop. É um
disco que aprendi a amar graças a minha mulher, Malu - a quem dedico esta
crônica -, uma das maiores devotas de Michael Jackson de que se tem
notícia. Ela já passou essa paixão aos nossos filhos, também admiradores do
grande músico negro norte-americano."


Beijo grande

Mara disse...

Ma, não vejo a manifestação do povo da maneira que vc colocou, com esta interrogação do por que fazer tudo isso se a luz se apagou. Vejo de forma contrária. MJ é ícone da música pop, responsável pelo antes e depois de sua vinda a terra, na música. Vi as manifestações todas como uma grande homenagem. Basta mudar o prisma que se vê as coisas. É cultural isso, uma resposta da nossa cultura, faz parte. Até por que esta luz não se apagou e pode ter certeza que haverão trocentos mil oportunista que agora é que vão ganhar dinheiro mesmo.Faz parte dessa indústria. Eu como fã de MJ não sinto nenhum sentimento de culpa em ouvir cada vez mais suas músicas, por que nunca as parei de ouvir, mesmo quando seu nome esteve na lama. Gostava do MJ artista,gosto da arte dele, com certeza é um imortal em nossas memórias.